A metodologia da história oral se configurou como uma forma que construir fontes para grupos pouco visíveis na historiografia, bem como possibilitou verticalizar as discussões em temas associados à subjetividade e ao cotidiano. Para Sangster a fonte oral permite superar a ideologia que domina as palavras das mulheres, ouvindo-as e analisando como elas negociam e mudam o ideal dominante. Thompson e Sangster indicam algumas particularidades nas narrativas femininas e masculinas, eles falam de sua vida como uma série de atos planejados, nos quais assumem papel ativo, enquanto elas falam de sua vida a partir de suas relações, sobretudo as familiares. Nesta esteira, desenvolveram pesquisas a partir da Teoria Queer que também se beneficiam das discussões da metodologia da história oral. Veja mais! Duas entrevistas foram filmadas e uma apenas gravada. Considerado um país muito violento para quem nasce mulher, o Brasil é resultado de um sistema patriarcal que legitima a superioridade masculina sobre a feminina. Nesse aspecto, esse projeto tem por objetivo discutir junto com as mulheres suas experiências cotidianas, buscando perceber possíveis vivências de violência.
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